segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Reunião de Serviço da Igreja 10




(O Caráter do Obreiro do Senhor, Watchman Nee, trechos capítulo 6)
 

CONTIDO NO FALAR (parte 2)
...Sexto, devemos lidar com a questão que envolve o modo de ouvir. Um homem pode ter muitos dons e ser talentoso. Mas, uma vez que ele é impreciso com as palavras, há um buraco aberto no caráter. Essa única falha irá custar-lhe todo o seu poder... Se não formos disciplinados e restritos nas palavras, é muito possível que, ao falar a palavra de Deus, espalhemos boatos e mexericos. Se as palavras não forem disciplinadas, talvez edifiquemos a obra de Deus com uma mão e destruamos com a outra. Portanto, temos que recorrer a Deus para que Ele aplique rígida disciplina em nossos ouvidos...
Sétimo, temos de conquistar e preservar a confiança das pessoas. Se alguém compartilha seus problemas espirituais conosco, isso é fruto da confiança que deposita em nós. Não devemos falar sobre essas confidências com descuido...
Oitavo, temos de dar atenção especial a questão das mentiras. A pessoa que tem duas palavras é bem parecido com o mentiroso. Tudo o que se expressa que tem por objetivo dar falsa esperança ou impressão errada está na categoria da mentira. Às vezes, uma mentira pode não ter declaração falsa, mas é habilmente falada para dar aos outros a falsa impressão. Isso é, na realidade, mentira. Temos de lembrar que a honestidade nas palavras é questão de princípio; não é simplesmente questão de exatidão nas palavras... É difícil o bastante falar a verdade quando vigiamos com cuidado. É mais difícil ainda falar a verdade quando não nos controlamos. Por conseguinte, devemos guardar-nos, prestar atenção nas palavras e nunca estar relaxados. Do contrário, não poderemos servir a Deus. Ele não pode usar uma pessoa que é Seu porta-voz num instante e porta-voz de Satanás no instante seguinte. Não, Ele jamais poderá usar tal pessoa.
Nono, devemos dar atenção especial à questão de “não contender, nem gritar”. A Bíblia profetizou acerca do Senhor, ler Mt 12:19; Is 42:2. E 2 Tm 2:24. Isso significa que nenhum servo do Senhor pode contender ou fazer barulho. Fazer barulho é expressão de rudeza. O servo do Senhor deve ter tal controle a ponto de “não contender, nem gritar”. Não deve discutir com ninguém. Falar alto normalmente indica falta de poder, pelo menos, do poder do autocontrole. Nenhum servo do Senhor pode falar tão alto a ponto de o vizinho pode ouvir-lhe a voz. Ninguém pôde ouvir a voz do Senhor nas ruas. Esse é o modelo que Ele nos deixou...
Décimo, precisamos prestar atenção à questão do motivo e do fato. O que dizemos é uma coisa, mas o motivo é completamente diferente. Os filhos de Deus não devem somente prestar atenção à exatidão das palavras, mas também dos fatos. É melhor ser precisos nos fatos do que somente nas palavras...
Décimo primeiro, não devemos falar palavras ociosas. Ler Mt 12:34,36,37...Quando os filhos de Deus se reúnem, convém que suprimam as palavras ociosas, inativas. Isso não significa que não devemos cumprimentar uns aos outros ou falar sobre o tempo ou jardins. Os cumprimentos têm a ver com manter as relações humanas, e convém que os tenhamos nas conversas. Mas as palavras ociosas são comentários sobre a vida alheia; nada têm a ver conosco...Ler Mt 12:36...Um dia, descobriremos as muitas palavras ociosas que falamos, e Deus irá justificar-nos ou condenar-nos com base nelas. Essa é a razão por que não podemos falar nada de modo leviano.
Muitas piadas, conversas levianas e chocarrices precisam ser descartadas. Ler Ef 5:4...
Há muitos outros tipos de palavras inconvenientes, como as ditas pelas costas ou as críticas. Quanto às palavras injuriosas, são pecado e devem ser refutadas (Tt 3:10); definitivamente, não devem proceder da boca de um cristão. Temos de tomar cuidado com todos esses tipos de palavras e refreá-los.

Reunião de Serviço da Igreja 9



CONTIDO NO FALAR (parte 1)
PRIMEIRO
Muitas pessoas poderiam ser muito úteis na mão de Deus; poderiam ser vasos poderosos para o Senhor. Contudo, continuam inúteis para Deus, ou só são usados por Ele de modo limitado. Uma das principais razões para o fracasso é a falta de moderação no falar. Devemos lembrar que as palavras descuidadas muitas vezes são fonte de escoamento de poder. As palavras são como orifícios: podem ser saídas para o poder de Deus ou podem fazer o Seu poder vazar. A boca pode ser o meio pelo qual flui o poder de Deus ou um buraco pelo qual o poder divino vaza. Infelizmente, muitos deixam o poder de Deus vazar quando falam.
Ler Tiago 3:11.
Um obreiro do Senhor deve fazer fluir água doce e viva; deve ser um mensageiro da palavra de Deus. Um balde de água não pode ser usado para carregar água de beber e água de esgoto. Se um balde usado para água de esgoto for usado para carregar água de beber essa água será perigosa para a saúde e a vida. Do mesmo modo, se os nossos lábios forem consagrados para anunciar a palavra de Deus, então temos a séria obrigação de guarda-los tão somente para o Seu serviço. Se usarmos os lábios em coisas que não têm a ver com a palavra de Deus, não poderemos usá-los para anunciar a palavra de Deus. Muitas pessoas não podem ser usadas por Deus, ou só podem ser usadas por Ele de modo limitado, simplesmente porque a sua fonte produz dois tipos de água, a doce e a amargosa. Elas falam da palavra de Deus e também dizem muitas coisas que nada têm a ver com Deus...
SEGUNDO
Há vários pontos relacionados com a questão do falar, e devemos prestar atenção neles.
Primeiro, atentemos, diante do Senhor, para o tipo de palavras que ouvimos o tempo todo, pois isso determina o tipo de pessoa que somos...
Segundo, observemos o tipo de palavras nas quais estamos mais propensos a acreditar...Ouvimos coisas indevidamente e acreditamos facilmente nas coisas porque estamos cegos; não estamos sob a luz de Deus. Uma vez que nos falta luz ou não a temos, caímos no erro. A direção do nosso ouvido e o grau da nossa ingenuidade muitas vezes denunciam a nossa triste condição. Muitas pessoas acreditam nas palavras dos outros mesmo quando nunca os ouviram falar. Assim, quando ouvem alguma coisa, alegram-se com o que ouviram. As palavras podem ser impressionantes ou ridículas, não obstante, a pessoa ainda pode se convencer de que são verdadeiras. Por conseguinte, o tipo de palavras em que acreditamos revela o tipo de pessoas que somos.
Terceiro, após ouvir e acreditar, há também a questão de passar adiante o que se ouviu...A pessoa pode ouvir e acreditar em determinado tipo de palavras, mas, se decidir passa-las aos outros isso indica que não é só do tipo da pessoa retratada pelas palavras, ou seja, em trevas, mas também disposta a fazer com que outros sejam como ela...
Quarto, há as palavras imprecisas. Algumas pessoas são muito imprecisas no que dizem. Em um minuto, dizem uma coisa e, no minuto seguinte, dizem outra. Elas não são de uma só palavra (1 Tm 3:8) não podem servir como diáconos. Dizem uma coisa para uma pessoa e outra coisa para outra pessoa...Tais pessoas são inúteis na obra de Deus...
Quinto, há os que intencionalmente, não são de uma só palavra...Alguns são assim porque são ignorantes...Não têm certeza de nada. Para eles, branco e preto são simplesmente a mesma coisa. Levam uma vida negligente e insensata...Isso não só é fraqueza de caráter, mas corrupção moral...Em Mateus 5:37, o Senhor disse: “Seja, porém, a vossa palavra: Sim, sim; não, não. O que disso passar, vem do maligno”...Isso é andar na luz e honestamente. Mas, se pararmos para pensar no possível efeito das palavras sobre os outros e considerarmos de que modo podemos falar com diplomacia, o nosso motivo e atitude são inconvenientes para um obreiro do Senhor. Se as palavras são baseadas na astúcia, fazemos dela instrumentos de engano! Seria melhor seguir o exemplo de nosso Senhor.

domingo, 15 de setembro de 2013

Reunião de Serviço da Igreja 8




DILIGENTE (parte 2)
TERCEIRO
Voltemos ao trecho de Mateus 25:18-30. Que diz essa passagem? Na parábola, vemos duas possíveis acusações diante de nós no tribunal: a acusação de “mau” e a de “preguiçoso”. O servo era mau porque fomentou maus pensamentos sobre o Senhor. Talvez poucos sejam maus assim. Mas nove de dez talvez terão de admitir que são servos preguiçosos quando estiverem diante do Senhor. Nesse momento, o próprio Senhor pronunciará o juízo: “O servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas exteriores” (v.30). O Senhor considera um servo negligente “inútil”. Às vezes, perguntamos por que Deus usa determinado irmão. Ele o usa porque esse irmão se entrega, dia e noite, ao que faz. São os diligentes que seguem esse caminho; nenhum preguiçoso pode segui-lo. Irmãos e irmãs, se não lidarmos com o problema da negligência, não poderemos ter trabalho algum. Uma vez que nos tornarmos preguiçosos, o nosso valor cai pela metade. Se nos permitirmos seguir esse caminho, acabaremos somente com um décimo do nosso valor. Já existem poucas pessoas que conhecem o Senhor hoje. Se arrastarmos os pés e formos inativos no esforço, como nosso obra poderá cumprir alguma coisa? Não considere essa questão levianamente. Não pense que a diligência é trivial. Muitas pessoas no passado se tornaram inúteis e caíram a beira do caminho, deixando-se consumir por sua negligência. Aceitemos essa séria advertência. De hoje em diante, confiemos que o Senhor nos capacitará para que mudemos completamente de hábito e de caráter. Que o Senhor remova a negligência de nós. Não podemos ser preguiçosos e ociosos. Se assim formos, a nossa obra não terá nenhum fruto.
...Uma vez que a negligência é um hábito formado ao longo dos anos, não podemos esperar corrigi-lo em um ou dois dias. Se não lidarmos com ele com seriedade, ele pode continuar conosco pelo resto da vida. Não pense que ouvir uma mensagem resolverá o problema. Não é tão simples assim. Esse hábito levou anos para ser formado e se tornou parte do caráter. A menos que lidemos com ele com rigor diante do Senhor, não poderemos livrar-nos dele. Esperamos que os que estão acostumados com a preguiça tenham um cuidado ainda maior para lidar com a negligência. A menos que lidem com essa questão com seriedade não poderão participar da obra do Senhor. A obra do Senhor não tolera preguiçosos. Nenhuma pessoa negligente pode produzir um trabalho adequado, pois a disposição de um preguiçoso sempre tenta ignorar ou adiar as coisas...
Todo servo do Senhor deve estar ocupado, deve sempre procurar alguma coisa com que se ocupar, deve assumir cada encargo e investigar cada problema; ele não deve evitar problemas. Todo servo de Deus deve assumir todos os tipos de responsabilidades; ele não deve ter medo de transtornos. Irmãos e irmãs, temos de lidar com o nosso péssimo hábito de evitar trabalho, transtornos e tarefas. Devemos lidar com isso com rigor. Um homem preguiçoso jamais poderá servir a Deus.