CONTIDO NO FALAR
(parte 1)
PRIMEIRO
Muitas
pessoas poderiam ser muito úteis na mão de Deus; poderiam ser vasos poderosos para
o Senhor. Contudo, continuam inúteis para Deus, ou só são usados por Ele de
modo limitado. Uma das principais razões para o fracasso é a falta de moderação
no falar. Devemos lembrar que as palavras descuidadas muitas vezes são fonte de
escoamento de poder. As palavras são como orifícios: podem ser saídas para o
poder de Deus ou podem fazer o Seu poder vazar. A boca pode ser o meio pelo
qual flui o poder de Deus ou um buraco pelo qual o poder divino vaza.
Infelizmente, muitos deixam o poder de Deus vazar quando falam.
Ler
Tiago 3:11.
Um
obreiro do Senhor deve fazer fluir água doce e viva; deve ser um mensageiro da
palavra de Deus. Um balde de água não pode ser usado para carregar água de
beber e água de esgoto. Se um balde usado para água de esgoto for usado para
carregar água de beber essa água será perigosa para a saúde e a vida. Do mesmo
modo, se os nossos lábios forem consagrados para anunciar a palavra de Deus,
então temos a séria obrigação de guarda-los tão somente para o Seu serviço. Se
usarmos os lábios em coisas que não têm a ver com a palavra de Deus, não
poderemos usá-los para anunciar a palavra de Deus. Muitas pessoas não podem ser
usadas por Deus, ou só podem ser usadas por Ele de modo limitado, simplesmente
porque a sua fonte produz dois tipos de água, a doce e a amargosa. Elas falam
da palavra de Deus e também dizem muitas coisas que nada têm a ver com Deus...
SEGUNDO
Há
vários pontos relacionados com a questão do falar, e devemos prestar atenção
neles.
Primeiro,
atentemos, diante do Senhor, para o tipo de palavras que ouvimos o tempo todo,
pois isso determina o tipo de pessoa que somos...
Segundo,
observemos o tipo de palavras nas quais estamos mais propensos a
acreditar...Ouvimos coisas indevidamente e acreditamos facilmente nas coisas
porque estamos cegos; não estamos sob a luz de Deus. Uma vez que nos falta luz
ou não a temos, caímos no erro. A direção do nosso ouvido e o grau da nossa
ingenuidade muitas vezes denunciam a nossa triste condição. Muitas pessoas
acreditam nas palavras dos outros mesmo quando nunca os ouviram falar. Assim,
quando ouvem alguma coisa, alegram-se com o que ouviram. As palavras podem ser
impressionantes ou ridículas, não obstante, a pessoa ainda pode se convencer de
que são verdadeiras. Por conseguinte, o tipo de palavras em que acreditamos
revela o tipo de pessoas que somos.
Terceiro,
após ouvir e acreditar, há também a questão de passar adiante o que se
ouviu...A pessoa pode ouvir e acreditar em determinado tipo de palavras, mas,
se decidir passa-las aos outros isso indica que não é só do tipo da pessoa
retratada pelas palavras, ou seja, em trevas, mas também disposta a fazer com
que outros sejam como ela...
Quarto,
há as palavras imprecisas. Algumas pessoas são muito imprecisas no que dizem.
Em um minuto, dizem uma coisa e, no minuto seguinte, dizem outra. Elas não são
de uma só palavra (1 Tm 3:8) não podem servir como diáconos. Dizem uma coisa
para uma pessoa e outra coisa para outra pessoa...Tais pessoas são inúteis na
obra de Deus...
Quinto,
há os que intencionalmente, não são de uma só palavra...Alguns são assim porque
são ignorantes...Não têm certeza de nada. Para eles, branco e preto são
simplesmente a mesma coisa. Levam uma vida negligente e insensata...Isso não só
é fraqueza de caráter, mas corrupção moral...Em Mateus 5:37, o Senhor disse:
“Seja, porém, a vossa palavra: Sim, sim; não, não. O que disso passar, vem do
maligno”...Isso é andar na luz e honestamente. Mas, se pararmos para pensar no
possível efeito das palavras sobre os outros e considerarmos de que modo
podemos falar com diplomacia, o nosso motivo e atitude são inconvenientes para
um obreiro do Senhor. Se as palavras são baseadas na astúcia, fazemos dela
instrumentos de engano! Seria melhor seguir o exemplo de nosso Senhor.
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