terça-feira, 3 de setembro de 2013

Reunião de Serviço da Igreja 7



(O Caráter do Obreiro do Senhor, Watchman Nee, trechos capítulo 5)
DILIGENTE (parte 1)
A vida diária de um obreiro cristão muitas vezes determina se ele está qualificado para a obra do Senhor...Nunca conhecemos alguém que, não podendo controlar o corpo, pudesse ser bom obreiro do Senhor. Não sei o que essas pessoas fazem de si mesmas em outros ofícios, mas nunca vi uma pessoa incapaz de controlar e dominar o corpo demonstrar ser um servo útil do Senhor, nem vi um homem destituído da disposição para sofrer poder servir ao Senhor. Nunca conheci uma pessoa que não ouve os outros que seja útil no serviço. Todos os servos do Senhor precisam ter traços básicos de caráter. Em outras palavras, devem ter tais qualificações; precisam da misericórdia do Senhor para ter essas qualidades antes de poder servir ao Senhor como convém. Servir ao Senhor não é simples. Um processo de quebrantamento e edificação faz-se necessário ao homem exterior. Se você estiver equivocado, for relaxado e indisciplinado em muitas coisas, não estará qualificado para fazer a obra do Senhor. Muitos não estão qualificados para realizar a obra do Senhor por causa de falhas de caráter e personalidades, e não por falta de técnica, conhecimento ou doutrina. Esse impedimento tem atrasado a obra do Senhor em muitos casos. Temos de aprender a ouvir os irmãos, humilhar-nos diante do Senhor, busca-lo e relacionar-nos com Ele em muitos aspectos. Não devemos desprezar a preparação do caráter. Se o nosso caráter e disposição não se submeterem a uma obra de formação rigorosa do Espírito, não poderemos esperar grande resultado de nossa obra. Nenhuma parte da preparação básica do nosso caráter poder ser negligenciada. Se formos formados em nosso caráter, poderemos trabalhar para o Senhor. Sem esse caráter, não poderemos trabalhar para Ele. Despendamos tempo na presença do Senhor para lidar com essas questões de caráter, uma a uma. Neste capítulo, chegamos a outra questão de caráter: diligência.
PRIMEIRO
Ler Mateus 25:18, 24-28,30.
Essa passagem mostra-nos que um dos requisitos básicos de um obreiro do Senhor é a diligência. Ela claramente retrata a inquietação tinha duas partes: Ele era “mau” e “preguiçoso”. O seu mal se manifestou quando ele chamou seu senhor de “homem duro, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não joeiraste”. Não nos atentaremos a esse aspecto de seu caráter, mas falaremos do outro, ou seja, de sua negligência. Ele escondeu o talento na terra porque o coração era mau e as mãos, negligentes. No coração, ele tinha certos conceitos sobre o Senhor, e esses conceitos eram maus. Ao mesmo tempo, ele não fez o que deveria ter feito; em vez disso, escondeu o talento na terra. Isso simplesmente se chama negligência. Gostaríamos de prestar atenção a esse aspecto do seu caráter. Um caráter negligente é a maior fraqueza de muitas pessoas.
Pessoas negligentes nunca procuram coisas para fazer. Se aparecer trabalho, elas procuram esquivar-se dele. Muitos cristãos também adotam essa atitude; eles vêm questões importantes como se fossem triviais, e questões triviais como se fossem nada. Tentam reduzir uma obra importante a uma obra trivial, e tentam fazer com que uma obra trivial não seja nada. Essa é a atitude que sempre têm. Com base em nossa experiência, podemos dizer que somente um tipo de pessoa é útil: os diligentes. Uma pessoa negligente é detestável...Se existe um homem inútil na terra, é o negligente. Deus não usará uma pessoa negligente. Irmãos e irmãs, vocês já conheceram um obreiro cristão eficiente que seja negligente?
Todo o que já foi usado por Deus labuta e trabalha diligentemente no Seu serviço. Ele está sempre vigilante para não desperdiçar tempo ou força. Os que sempre procuram oportunidade para descansar e divertir-se não são dignos de ser chamados servos de Deus. Os servos de Deus não podem adotar uma vida preguiçosa. Eles procuram aproveitar cada oportunidade que lhes esteja disponível...
Muitos irmãos e irmãs tornaram-se inúteis no serviço de Deus porque têm medo de assumir responsabilidades. Eles se desgostam com tudo. Sempre esperam que haja menos trabalho. Preferem ter menos responsabilidade a ter mais responsabilidade, e se contentam se não têm responsabilidade alguma. Eles não têm caráter diligente. Se formos preguiçosos, estaremos desqualificados não só para o serviço a Deus, mas para o serviço do homem também. Muitos não podem ser servos do Senhor porque são preguiçosos. Alguns assim chamados servos de Deus sentam-se no alto de um pedestal. É como se ninguém tivesse controle sobre eles; ninguém consegue aproximar-se deles nem lhes dizer alguma coisa. Eles se consideram servos unicamente de Deus. Se trocássemos o seu senhor por um instante, eles se mostrariam como verdadeiros fracassos. Nenhum senhor humano permitiria que eles fossem tão negligentes. A nossa disposição e caminhada devem estar exercitadas a tal ponto que jamais recuamos diante das aflições; em vez disso, preferimos servir e sacrificar-nos pelo povo de Deus, tanto material quanto fisicamente. Devemos preferir labutar e trabalhar com as próprias mãos. Se não for assim, não estaremos qualificados para ser chamados servos de Deus!...
SEGUNDO
Que é diligência? É o oposto da negligência. É não fugir da responsabilidade. Uma pessoa diligente não tenta reduzir seu trabalho a nada; pelo contrário, tenta criar trabalho onde não existe. No serviço do Senhor, é perfeitamente possível tirar um ou dois dias de descanso se não procurarmos trabalho. Não devemos ficar por aí, desocupados, esperando que algo aconteça. Se trabalharmos somente quando há trabalho, não somos diligentes. Uma pessoa diligente nunca está desocupada; está sempre a procura de coisa para fazer. Ela sempre pensa, ora, observa e considera na presença de Deus o que deveria fazer. A menos que exercite-se dessa forma, ela pode ver-se sem nada para fazer. Se somente agirmos “conforme as regras”, talvez logo descubramos que não restam muitas regras. Devemos ter a expectativa de encontrar muito trabalho em nosso serviço para Deus. Devemos descobrir muitas necessidades. Temos de orar muito ao Senhor e sempre depender Dele. Devemos abrir os olhos e, assim que virmos algo que precisa ser feito, devemos fazê-lo. Depois de concluir um trabalho, devemos esperar no Senhor e depender Dele novamente. E, assim que encontramos mais coisas para fazer, devemos tentar resolvê-las. Em seguida, devemos buscar a vontade de Deus novamente e, não obstante, assumir outra tarefa. É isso que significa servir a Deus. O Senhor disse: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também” (Jo 5:17). Nunca devemos mudar as palavras desse versículo para que ele tenha este sentido: “Meu Pai descansa até agora, e Eu descanso também”. A preguiça não é nosso caminho; o nosso caminho deve ser: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também”.
...Não se trata de cuidar do que está em nossas mãos, mas de levantar os olhos para procurar coisas para fazer. Deus se move a age por trás de muitas coisas, e temos de levantar os olhos para ver a colheita e ver se está madura. Uma vez que olharmos, encontraremos trabalho para fazer. Como é estranho ver que tantas pessoas pareçam estar tão desocupadas; parecem não ter nada para fazer!
...Irmãos e irmãs, se um homem quer aprender a servir ao Senhor precisa ser despertado para a importância da sua responsabilidade, para a premência da necessidade à sua volta e para a natureza efêmera do tempo! A vida é curta. Se houver tal consciência nele, ele se tornará diligente e incansável. Se não percebermos a natureza efêmera do tempo, a premência da necessidade à sua volta ou a importância da sua responsabilidade, não poderemos fazer muita coisa na obra de Deus. Se o encargo nos foi imposto, não teremos outra opção senão trabalhar, ainda que, para atingir o objetivo, tenhamos de privar-nos de comer, dormir e descansar. Essa é a única maneira de avançar na obra. Se considerarmos o descanso como a coisa mais importante na vida, não iremos muito longe com a obra. Irmãos e irmãs, o tempo está quase no fim; a necessidade é premente e a responsabilidade é grande.

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